Na semana passada, entre os dias 21 e 24 de março, estive presente na 37ª edição da Convenção Internacional da IHRSA, que aconteceu em San Diego, no estado da Califórnia.
Como sempre, a feira é uma oportunidade única para troca de experiências, networking e muito conhecimento, além de ser o local ideal para criação de novas ideias!
Uma das coisas que mais me surpreendeu foi a grande mudança de paradigma em todas as principais marcas de equipamentos. Em seus estandes, nenhuma delas colocou apenas o equipamento convencional, afinal aquilo de vender só o produto ficou no passado. A Technogym, por exemplo, mostrou uma nova linha de equipamentos que vinha acompanhado por um programa de treinamento específico: o software para monitorar os alunos e a própria ambientação do espaço. A tendência é que, cada vez mais, os donos de academias não comprem apenas uma máquina, mas todo um “pacote” de serviços.
As palestras foram um prato cheio de insights. No primeiro dia, assisti a palestra de Luke Carlson. Ele falou que a experiência do cliente evoluiu para a geração de sentimentos e que, hoje, o principal objetivo é criar uma emoção forte no consumidor. Eu achei isso fantástico, porque é uma ponte que tira o cliente da experiência, fazendo com que a experiência se torne uma emoção!
A palestra me trouxe o entendimento de que não podemos mais vender apenas aulas, mas também a emoção e a felicidade de estar dentro de uma academia.
Logo fiz o link para criar a emoção nas salas de musculação. A academia da “nova era” precisa ter, por exemplo, uma sala de musculação com mais espaços livres, com mais marcações de piso, iluminações diferenciadas, para incentivar as atividades em grupo, principalmente.
Outra apresentação que me chamou bastante atenção foi a do empreendedor e músico de jazz, Josh Linker. Ele ensinou um passo a passo de como fazer as coisas acontecerem em termos de inovação, mostrando vários exemplos do dia a dia. Uma dica que o empresário deu, inclusive, foi para criarmos pequenas pausas para pensarmos.
Esse exemplo me levou a refletir o quão importante é estar presente em convenções e feiras como essa, porque é a chance que tenho para pensar no negócio do meu cliente. Não acredito em modelos do passado, então é nesse momento que olho para o lado, visito outros negócios, converso com pessoas do mercado, acreditando que dá sempre para fazer algo melhor.
Então, são esses momentos que uso para parar, pensar e saber para onde estou indo no mercado e como a arquitetura pode ajudar a emocionar o cliente, de uma forma melhor, saindo um “pouco do quadrado”.
É por essa razão que, nesse ano, quero buscar mais espaços livres e quero incentivar demais a arquitetura nas aulas coletivas, para que o aluno, cada vez mais, encontre aulas diferentes em uma mesma sala e que tenha uma sensação diferente toda vez que fizer uma aula.
Pense nisso e bom projeto!
Patricia Totaro